A socióloga Patrícia Rocha Lemos analisa as dinâmicas de ação individual e coletiva dos trabalhadores da rede varejista no Brasil
Em artigo publicado na mais nova edição da Revista Novos Rumos (v. 56, n.2/2019), a socióloga Patrícia Rocha Lemos analisa as diferentes estratégias e resistência dos trabalhadores do Wall Mart Brasil ao regime de trabalho na empresa. Fruto do desenvolvimento da sua pesquisa de doutorado na Unicamp, a autora reforça a necessidade de compreensão da articulação entre os processos globais e os arranjos específicos da realidade brasileira e que se consolidam nos locais de trabalho. O artigo aborda os limites e possibilidades das ações individuais e coletivas dos trabalhadores, as iniciativas sindicais em nível nacional e internacional e o processo de judicialização dos conflitos de classe.

A rede Wall Mart é mundialmente conhecida por suas práticas antissindicais e de superexploração do trabalho. Conforme destaca Patrícia Lemos:
A expansão e gigantismo da empresa têm sido interpretados por parte significativa da literatura como expressão também de um novo modelo de negócios e símbolo das novas relações de poder do capitalismo contemporâneo, processo que autores como Basso (2014), Fishman (2011), Lichtenstein (2006, 2009) e Moreton (2009) denominam “walmartismo” ou “walmartização”. Em relação aos impactos nas relações de trabalho, esses autores apontam que esse crescente poder estaria permitido ao Walmart generalizar um padrão de vida, trabalho e salário rebaixado para todo o mundo, seguindo a lógica da chamada “corrida para o fundo do poço” e difundindo também suas práticas reconhecidamente antissindicais.
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