ASMOB

O Archivio Storico del Movimento Operaio Brasiliano – ASMOB nasceu em 1977, em Milão. Foi fundado e dirigido pelos professores José Luiz Del Roio e Maurício Martins de Mello e presidido pela professora Teresa Isenburg, da Universidade de Milão. Surgiu para abrigar os arquivos do movimento operário brasileiro que estavam ameaçados de destruição pela ditadura militar no Brasil – os acervos de Roberto Morena e de Astrojildo Pereira. Ambos foram transportados clandestinamente até que chegassem à Fundação Giangiácomo Feltrinelli, em Milão, onde ficaram abrigados até o final dos anos 80. Com os principais arquivos instalados em segurança fora do Brasil – neste momento, o acervo de José Medina também já estava agregado ao ASMOB – era o momento de recolher a documentação que refletia a história e a luta de resistência à ditadura militar brasileira – assim nasce a Coleção Exílio (ou Coleção ASMOB, nome dado à Coleção no Brasil.), formada por documentos produzidos no Brasil e em diversos países do mundo, reunidos ao longo de quase 20 anos. Também fazem parte do acervo do ASMOB uma biblioteca contendo mais de 3 mil volumes, uma hemeroteca com aproximadamente 2 mil títulos de jornais e revistas de diversos países, além de toda documentação audiovisual (fitas K7, fitas de vídeo VHS, Cds, LPs, etc.) e inúmeras fotografias.

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Ao longo dos anos, o ASMOB recebeu inúmeros documentos doados por figuras importantes da história da esquerda nacional. Assim foram surgindo pequenas coleções, que compõem o rico acervo que ilustra a história da esquerda brasileira e latino-americana e do movimento operário brasileiro desde o final do século XIX.

Após a Lei de Anistia, em 1979, inúmeros esforços foram feitos para a repatriação dos arquivos. Em 1994, após anos de negociação, foi firmado o convênio entre a Universidade Estadual Paulista (UNESP) e o Instituto Astrojildo Pereira (IAP) e os arquivos puderam retornar ao Brasil, ficando sob custódia do Centro de Documentação e Memória da Unesp (CEDEM).